Notícias...

O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. João 3:8

Amada Igreja, famílias e amigos...

Estamos vivendo com muita intensidade e aprendendo muito em cada etapa de nosso ministério. Em nossa última carta compartilhamos dos desafios que enfrentamos com o ministério entre o povo nômade. E ficamos contentes em poder compartilhar o que Deus está fazendo para vencermos estes desafios.

Aprendizado da língua...

Há duas semanas atrás iniciamos nossas aulas de Kiborana, a língua falada entre os Povos Borana, Gabra, Watta e Ganzo. Temos aulas todas às manhãs das 9.00 as 13.00 de segunda-feira a sexta-feira. Não podemos dizer que está sendo fácil, temos realmente sentido um cansaço mental muito grande, pois esta já é nossa terceira língua. (Inglês, Kiswahili e agora, Kiborana). Na verdade Kiswahili estamos aprendendo no dia a dia, no contato com quenianos (na feira, nas bancas de legumes, vendedores, etc.). Essa língua é fundamental para quando estamos em Nairóbi ou em outros lugares do Quênia. E a língua Kiborana para o desenvolvimento do ministério entre os Povos do Norte do Quênia.

A seca no Norte...

Possivelmente muitos de vocês acompanharam nas notícias como a seca no Chifre da África tem afetado milhares de famílias e seus animais. Essa é uma realidade muito dolorosa para nós. Pois em grande parte do Norte do Quênia, já fazem dois anos que não há intensas chuvas, e claro, sem água, muitas famílias estão sofrendo com a fome e a perda de seus animais – que são fonte de renda para sua sobrevivência. Temos clamado ao Senhor todos os dias para que Ele, segundo a Sua Soberania faça chover ao Norte. E isso não afeta somente o povo local, mas nós missionários, pois a água que temos para nossas casas é coletada da chuva... e a água que temos, está acabando! Sabemos que Aquele que nos chamou, também prometeu que suprirá todas as nossas necessidades! Esperamos Nele!!!

Nossa casa...

Amados, essa semana nós começamos comprar as coisas para nossa casa no Norte. Foi muito interessante e muito gostoso sentir a alegria de estar preparando uma “nova casa”. É um sentimento de gratidão misturado com entrega (não sabemos descrever bem); pois sabemos que somos como o vento, guiados para onde o Senhor direcionar, mas é muito bom ver o cuidado de Deus para com nossas vidas e a provisão Dele para que possamos comprar aquilo que Ele sabe que precisamos. Queremos dizer que você é parte de todo este investimento e podem ter certeza de que tudo, cada detalhe desta nova casa, tem sido feito para que o Nome do Senhor seja glorificado e seja um lugar onde a Presença do Pai trará conforto, alegria e salvação para muitos!

Família...

As últimas três semanas também foram emocionalmente muito intensas para nós. O pai do Edilson teve pneumonia e ficou na UTI durante as últimas semanas. Ele saiu da UTI e a previsão é de que ele possa sair esta semana do hospital. Em muitos momentos pensamos que o perderíamos. Muitas vezes choramos sem saber como orar... Para a glória do Senhor, ele já está melhor, mas possivelmente ficará com fortes seqüelas. Especialmente em relação à alimentação. Ele está sendo alimentado por sonda e possivelmente ele não consiga mais se alimentar por si só. Continuamos a orar para que o Senhor seja exaltado nessa situação e que Ele a cada dia fortaleça todos da nossa família e nos fortaleça, pois muitas vezes o desejo de estar perto é muito grande, porém temos convicção da vontade de Deus em estarmos aqui neste tempo.

Gratidão...

Mais uma vez queremos agradecer por todos os emails, recados e ligações que temos recebido de vocês. Cada palavra de motivação, encorajamento e por todas as orações. Deus tem sido fiel e tem provido todas as coisas! Agradecemos pela sua contribuição financeira seja ela ocasional ou mensal. Agradecemos por aqueles que têm divulgado nosso projeto e tem sido um mobilizador deste ministério. Aos nossos queridos pastores pelo cuidado pastoral e nossa amada família pelo amor demonstrado e por nos abençoar diariamente. A todos vocês a nossa gratidão! E tenham certeza de que oramos por vocês para que sejam abençoados de uma maneira transbordante. 

  

Pedidos de oração:

 Pelo Sr. Geraldo (pai do Edilson), sua recuperação e família.

 Pelo nosso aprendizado da língua Kiborana.

 Pelos nossos relacionamentos com o povo, nossa liderança e amigos.

 Por sabedoria e provisão na compra dos móveis e utensílios para nossa casa no Norte do Quênia.

 Pelos Povos nômades Borana, Gabra, Watta e Ganzo espalhados entre as montanhas no Norte do Quênia (Hurri Hills).

 Por chuva no Norte do Quênia.

 Pela MIAF como escritório no Brasil e todos os seus missionários que estão em diferentes países do Continente Africano desenvolvendo diferentes ministérios.

Para qualquer outra informação entre em contato conosco e/ou com nossa missão MIAF – Missão para o Interior da África.

Com muito carinho e saudades...

Seus missionários,

Edilson e Solange

Skype: edilsonange e/ou angemiaf

www.miaf.org.br

financeiro@miaf.org.br

comunicacao@miaf.org.br

MIAF – Missão Para o Interior da África (43)3357-1200

Só Ele é o Senhor... O Filho Amado do Pai!

Dialeto Kiborana

Hoje iniciamos mais uma difícil, porém preciosa etapa para nosso ministério entre o Povo Borana. O aprendizado do dialeto Kiborana. Um dialeto que não é fácil, mas que estamos dispostos a aprender! O que tem nos impulsionado e é forte em nosso coração é o fato de que com o dialeto Kiborana, podemos alcançar, além do Povo Borana, o Povo Gabra, Waata e o Povo Ganzo. Isso é simplismente lindo! Pois o Senhor Jesus nos ordenou a "Ir e fazer discípulos de todo povo, raça, tribo, língua e nação." E para a Glória Dele alcançaremos estes povos, para que Seu Reino venha sobre eles e o Nome que está acima de qualquer outro nome seja conhecido e exaltado!

Esta é nossa oração para o Quênia!...This is our prayer for kenya!

O povo nômade segundo a Bíblia

A origem dos povos nômades

Viver o nomadismo é a prática dos povos que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar. Não possuem morada fixa. Mas para sobreviver andavam com seus rebanhos na busca de alimentos trocando de lugares constantemente.

São populações do tipo caçadores-coletores ou pastores, pescadores, mudando-se a fim de buscar novas pastagens para o gado, quando se esgota aquela em que estavam, buscando água para seus rebanhos. Portanto os povos nômades não se dedicam à agricultura, que exigiam longa permanência em um lugar e não existiam fronteiras nacionais mas simplesmente lugares de melhores pastagens.

Com a descoberta da agricultura os povos nômades começam a fixarem-se em um determinado local. Entretanto ainda hoje encontramos sociedades nômades, como os beduinos que vivem nos desertos do Negev ou da Judéia em Israel ou tribos de tuaregues na Sahara etc.

 

O que a História Biblica fala dos nômades

Sem nos fixarmos nos grandes impérios da época o Egito e a Babilônia olharemos a história Biblica que nos ilustra com narratrivas de povos nomades.

A história Bíblica nos narra como Deus pediu a Abraão que fosse para a terra de Canaã, uma nova terra (terra da Promessa) que iria nascer para eles e seus descendentes. Abraão ouviu o pedido de Deus e juntou seu rebanho, seu povo e toda a sua família para uma peregrinação atravessando a Arábia rumo ao norte, depois em direção a parte oriental da Palestina, onde finalmente se fixou junto com seus rebanhos. O Antigo Testamento descreve todos estes episódios detalhadamente.

Imitando a Mesopotâmia (o atual Iraque), a nova terra que chegavam era fértil e favorecia a agricultura, locais onde os pastores nômades encontravam alimentos para os seus rebanhos. Devido à seca em determinadas épocas do ano os pastores seguiam para outras regiões e chegavam até ao Delta no Nilo, onde não faltava água. Estes povos considerados nômades obedeciam ao membro mais velho do grupo e este determinava o que deveria ser feito por todos surgindo assim os “clãs”. Embora ocupassem as terras eles não eram donos e foram chamados de hebreus.

Possuíam tradições rígidas, as uniões feitas entre si para não adquirirem costumes de outros povos. Quanto à religião, acreditavam em um Deus único e diferente dos outros povos que possuíam vários deuses (o sol, a lua, as estrelas e consideravam alguns animais sagrados).

Por serem nômades eram independentes e não criavam vínculos por onde passavam. A economia estava baseada na troca de produtos, ou seja, o leite dos animais transformava-se em queijos trocados por trigo, cevada etc.

Os povos nômades atuais atingidos pelas secas chegam a 40 milhões.

Secas e inundações cada vez mais freqüentes, temperaturas cada vez mais altas e desertificação ameaçam milhões de nômades que vivem em países da África: Etiópia, Níger, Mauritânia, Quênia e no Sudão. Günther Schlee, do Instituto Max Planck para pesquisa Etnológica afirma que hoje cerca de 40 milhões de criadores de gado nômades no mundo sofrendo com as secas.

Em outras partes do mundo acontecem invernos mais amenos com muitas chuvas representando um problema enorme para os pastores de renas no norte da Finlândia e na Rússia.

Na Mongólia, um terço da população é nômade 2,7 milhões de pessoas vivem da criação de gado. No inverno a temperatura chega a 40 graus negativos e cerca de 4,5 milhões de cabras, ovelhas, camelos e cavalos congelam e milhares de nômades perdem os meios de subsistência.

Hoje os nômades enfrentam problemas com as mudanças climáticas e políticas que não favorecem as formas nômades de economia com a redução contínua de terras livres para pastagens.

Fonte: www.abiblia.org