"Vamos provavelmente ter uma verdadeira catástrofe nos próximos meses", diz ONU
A situação de milhões de pessoas afetadas pela grave seca no Corno de África vai deteriorar-se ainda mais, com a ausência de chuvas e colheitas tardias, indicou este sábado um alto responsável da ONU.
Nos dois últimos anos, ou não houve chuvas ou estas foram pouco abundantes, situação que obrigou milhares de somalis a deixar o país e afectou milhões de pessoas no Quénia, na Etiópia e Djibuti.
"Vamos provavelmente ter uma verdadeira catástrofe nos próximos meses... Vamos fazer o possível para melhorar a situação", indicou à AFP o director da UNICEF, Anthony Lake, antes de partir para o norte do Quénia, particularmente afetado pela seca.
Para este alto responsável das Nações Unidas, "a situação é muito má" e não haverá "grandes colheitas antes do próximo ano", o que faz com que "os próximos meses sejam muito difíceis".
O chefe da UNICEF vai passar por Turkana, uma das regiões do Quénia mais duramente atingidas.
O Quénia tem actualmente o maior campo de refugiados do mundo, que acolhe centenas de milhares de somalis que fugiram dos conflitos e ao qual chegam todo os dias milhares de outros que fogem da seca.
Fonte: Jornal de Notícias